sexta-feira, 14 de junho de 2013

FERRABRAS O personagem aparece pela primeira vez num poema épico do século XII (c. 1170), comummente referido como Ferrabrás (Fierabras), escrito em francês antigo e composto por 6219 versos alexandrinos em versos assonantes. Atualmente existem quatro manuscritos da versão original desta canção de gesta. No poema Ferrabrás é um gigante, rei de Alexandria e filho de Balão (Balan), emir da Espanha muçulmana. Sua irmã, Floripes, é também uma das personagens mais importantes, assim como o paladino franco Oliveiros. Sinopse [editar] A ação de Ferrabrás desenvolve-se três anos antes da fatídica Batalha de Roncesvales e está dividida em duas partes. A primeira, que também existe como texto autônomo, é referida como Destruição de Roma e relata como Balão (Balan), junto a seu filho Ferrabrás, cerca e saqueia Roma, capturando as relíquias da Igreja de São Pedro: a coroa de espinhos de Cristo, os cravos e uma inscrição da Cruz e o óleo usado para untar o corpo do Senhor morto. O rei franco Carlos Magno, com seus paladinos, vem em socorro de Roma, e seguem-se várias batalhas junto às muralhas da cidade entre os dois exércitos. A luta, porém, desfavorece os paladinos francos, que tem de ser resgatados pelas tropas do rei. O emir retorna à Península Ibérica com as relíquias. Carlos Magno burla-se de seus paladinos, magoando-os. Rolando, principal guerreiro e também sobrinho do rei, é o mais ofendido. A segunda parte - que pode ser considerada o Ferrabrás propriamente dito - começa na Pensínsula Ibérica, onde se encontram os muçulmanos e os guerreiros francos. Ferrabrás, um gigante de 4,50 metros de altura, desafia todos os paladinos de Carlos Magno para uma batalha. Estes recusam-se a lutar, inclusive Rolando, que sente-se ainda ofendido pelo tratamento dispensado a ele por seu tio Carlos. Oliveiros, apesar de ferido, é o único que aceita lutar, e termina vencendo o gigante após um longo e sofrido combate. Ferrabrás aceita então converter-se ao Cristianismo e vai ao acampamento franco, mas Oliveiros e outros paladinos são capturados pelas tropas inimigas. Entre os paladinos capturados está Gui de Borgonha, por quem a irmã de Ferrabrás, a bela Floripes, apaixona-se. Por amor, Floripes passa então a ajudar os guerreiros francos, usando sua astúcia para levar-lhes comida e assim permitir que resistam o cativeiro. Carlos Magno consegue liberá-los e Balão é derrotado. O emir recusa-se terminantemente a abraçar o Cristianismo e termina sendo executado, enquanto sua filha Floripes é batizada e casa-se com Gui de Borgonha. O rei franco divide a Península Ibérica entre Gui e Ferrabrás, e retorna ao reino franco com as relíquias, que são levadas à Basílica de São Dinis, perto de Paris.

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